PROMOVA O DESENVOLVIMENTO DE UMA BOA AUTOESTIMA ACEITANDO A CRIANÇA
Aceitar a criança, não propriamente todos os seus comportamentos, ou seja, numa situação em que a criança faz algo que não deveria ou que o adulto desaprova, deve referir que não gostou do seu comportamento, ao invés de dizer que não gosta dela. Este tipo de abordagem permite que a criança também se aceite a ela mesmo, consiga fazer uma distinção entre aquilo que ela é e a forma como age. Este é o fundamento da autoestima.Faça a criança sentir-se valorizada no sentido de que se fizer algo de errado, não fique com a sua individualidade ferida, dando-lhe a oportunidade de ela perceber que pode agir de outra forma. A sua autoestima fica intacta, e promove a aprendizagem de comportamentos positivos e atitudes positivas. Valide a experiência da criança para que ela se sinta entendido como uma pessoa digna, mesmo quando o comportamento está sendo corrigido.
Use as palavras “decidir” e “escolha” muitas vezes. Reforce as consequências das escolhas. Esclareça que ela tem a possibilidade de decidir de forma diferente numa próxima oportunidade.
A crítica realizada diretamente à criança reduz a autoestima, ao invés esclarecer a criança acerca das suas possibilidades de escolhas e do controle que ela pode ter e é capaz de expressar nos seus comportamentos, elevar a autoestima. Sempre que reforçar à criança que a vida é uma série de escolhas, e que não tem propriamente a ver com ela ser boa ou má criança, certamente estará a promover-lhe uma autoestima positiva.
TRANSMITA A SUA APRECIAÇÃO E ADMIRAÇÃO
Um fator importante que contribui para uma criança desenvolver saudavelmente a autoestima é ela sentir que é apreciada por aquilo que faz. Tão importante como ser apreciada pelos seus comportamentos é sentir-se especial
É importante que a criança perceba que existem momentos que são destinados apenas a ela, e que ela é nesse período o centro de todas as atenções.
PROMOVA A RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS E TOMADA DE DECISÃO NA CRIANÇA
A autoestima elevada caminha de mãos dadas com a habilidade para resolver problemas. Promova a reflexão na criança sobre possíveis soluções. Tente simular algumas possíveis situações com a criança para ajudar a demonstrar as etapas envolvidas na resolução de problemas. Se a criança lhe colocar questões acerca do que deve fazer, se pode fazer, ou como pode fazer, relembre-a que ela já tem capacidade para pensar acerca do assunto. Devolva-lhe a pergunta, questionando-a:
- O que tu queres ou pretende fazer?
- Porquê queres fazer isso?
- Como achas que podes fazer isso?
É importante que a criança perceba que tem a confiança do adulto para poder tomar decisões, e que tem igualmente capacidade para pensar acerca das suas atitudes.
EVITE COMENTÁRIO CRÍTICOS, SEJA POSITIVO COM A CRIANÇA
Ao dizer à criança:
“Tenta com mais esforço, não estás a dar o teu máximo.”
Ainda que possa parecer uma forma de incentivo, lembre-se que está a lidar com uma criança. Uma coisa é explicar-lhe com tempo e com exemplos o valor do esforço e da dedicação para potenciar a obtenção de resultados. Outra coisa, e esta aparecerão à criança como algo acusatório, é dizer-lhe para se esforçar mais, ou que desiste logo. Através de frases tipo catálogo a criança não aprende de forma positiva.
Se a criança seguir a mensagem transmitida e ainda assim não conseguir melhorar, certamente irá ficar a pensar que o problema está nela, que ela não tem capacidade, porque apesar do esforço não foi capaz. Perante este cenário a autoestima sofre um terrível abalo. Como muitas vezes a criança esforça-se e continua com dificuldades, nesse caso, tente a seguinte abordagem:
Diga algo do género: Temos de descobrir melhores formas para que possas aprender a fazer melhor”
A criança não irá sentir-se acusada nem ficar numa posição defensiva. Isto também reforça a resolução de problemas e promove as habilidades.